Os melhores da raça, como são feitos os julgamentos da Expointer

O desfile dos grandes campeões, que ocorre na sexta-feira (30) às 10h, é o ponto alto de celebração da qualidade dos animais da Expointer, mostrando os melhores da raça em bovinos, ovinos, equinos, caprinos e pequenos animais. Mas, para um animal chegar até ali e exibir uma roseta de grande campeão, o percurso é realmente muito mais complexo do que se imagina.

Primeiro, há toda a preparação pré-evento, conforme explica o criador Sérgio Silva, da Cabanha Tarumã, de Camaquã. Sua fêmea charolês com cria ao pé ganhou o prêmio de precocidade da raça – a primeira prenhez ocorreu com 16 meses de idade.

Sérgio destaca que a preparação para a Expointer começa no início do ano, mirando, principalmente, a nutrição animal. “Em janeiro eles são recolhidos e daí focamos no pasto, na alimentação, silagem, milho, alfafa, sorgo, e vamos levando conforme o apetite deles. Às vezes não se adaptam a uma alimentação e então a gente troca, sempre controlando o ganho de peso. Eles têm que ganhar uma média de 35 quilos por mês”, detalha.

Depois, vem o concurso propriamente dito. O zootecnista Pablo Charão, da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), conta que os animais são julgados em três momentos distintos. “Na primeira avaliação, os animais são divididos em categorias conforme sua idade e sexo. Dentro de cada categoria, o jurado faz uma avaliação morfológica, fenotípica daquele animal, comparando com o padrão que existe para cada raça. A partir de todas as categorias julgadas, todos os primeiros lugares vão para a disputa do campeonato, que agrupa algumas categorias de faixa etária. Daí definem-se os campeões jovens, adultos e intermediários, por exemplo. No terceiro momento, acontece o grande campeonato, de onde sairá o grande campeão daquela raça”, detalha.

A associação de criadores é quem chama os jurados e define os critérios técnicos. A secretaria, como promotora do evento, oficializa os resultados. Todos os grandes campeões devem estar definidos entre esta quarta-feira (28/8) e quinta-feira (29).

Rosetas: sinais de bons negócios
Impulsionadas pelas rosetas conquistadas, as vendas durante a feira são boas, mas o criador acredita que oportunidades de negócios também são geradas no pós-evento. “A Expointer sempre me ajuda a conseguir novos contatos de compradores futuros, porque a maioria espera passar o verão para comprar novos animais”, conta.

O criador Luiz Büttenbender, da Cunicultura Büttenbender, acumula títulos de grandes campeões na Expointer, com seu plantel composto por cerca de 20 raças de coelhos, voltados para os mercados de carne, pele e de animais de estimação. O segredo do sucesso? A genética dos animais. “A questão principal é sempre ter o animal com a melhor genética. Quando termina uma Expointer, a outra já começa pra gente: quando vem as ninhadas, vamos selecionando os melhores animais, pensando na inscrição da próxima Expointer”, afirma.


Fonte: Expointer 2019 

Foto: Laiz Flores / Ascom Sgge

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