Marcha FICCC 2019 leva o nome de Luiz Carlos Cassal de Albuquerque
A história construída na Estância São Luiz em Jaguarão/RS, sobretudo com o afixo Sombra, e o incansável trabalho para preservar e desenvolver a marcha de resistência no Brasil marcaram para sempre o nome de Luiz Carlos Cassal de Albuquerque na raça Crioula. Por tudo isso, a Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC) nomeou a Marcha FICCC deste ano como “Marcha FICCC 2019 Luiz Carlos Cassal de Albuquerque”.
A placa com a nomeação foi entregue no domingo (2) pelo Presidente da ABCCC, Francisco Fleck, durante a concentração da Marcha FICCC na Estância São Gabriel, em Jaguarão. Após receber a homenagem, Luiz Carlos Cassal de Albuquerque agradeceu a honra e disse ser “um servo da terra”.
A admissão técnica foi realizada pelo técnico Rouget Gigena Wrege, enquanto a admissão veterinária esteve sob supervisão de Rafaela Jacques. Compareceram e foram admitidos 25 animais (destes, 9 uruguaios) e a largada está marcada para o dia 22 de junho, também em Jaguarão.
A trajetória
Parte da história de Luiz Carlos Cassal de Albuquerque foi contada por ele mesmo em uma entrevista especial para o Jornal Cavalo Crioulo da ABCCC, no ano de 2014. À época com 68 anos de idade, Magrão (como também é conhecido) contou com riqueza de detalhes algumas de suas primeiras memórias com a raça Crioula.
Uma delas foi o desembarque de seis Cavalos Crioulos, em Jaguarão, recém-comprados de uma exposição realizada em Porto Alegre/RS. A segunda memória foi nos anos 1960, na estância El Aguila da família Furest, que havia vindo da França para o Uruguai. “Era uma tarde quente de janeiro quando trouxeram aquela éguada como se estivessem saindo do banho, molhadas, gordas. Foi um impacto natural”, relembrou.
Na mesma entrevista, Magrão ainda compartilhou algumas de suas opiniões, como a busca pelo cavalo mediano. “Procuro animais do meio: nem tanto, nem pouco. Tem que ter tipo e servir para alguma coisa. Como dizia [Emílio] Solanet – busco um cavalo de formas e medidas medianas. Um cavalo mediano, de tipo e produção”, disse à época.
Fonte: ABCCC
Foto: Fagner Almeida/Arquivo ABCCC