Criadores apontam aquecimento do mercado de equinos

Depois da estagnação do mercado de equinos em 2018, já há sinais de recuperação neste ano. Essa apreciação é do presidente da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), Francisco Fleck. “Está tendo uma boa melhora. O mercado de cavalos crioulos passou por uma adaptação para passar pela crise. Hoje vendemos muito mais cavalos jovens de montaria para provas, como Freio de Ouro e as esportivas”, diz Fleck.

Os compradores de cavalos crioulos desta edição da Expointer são predominantemente do Centro e Centro-Oeste do país, mas os gaúchos também estão comprando cavalos, de acordo com Fleck. “Estamos aguardando os resultados do leilão, mas temos expectativa de bons números e muita liquidez”, diz o presidente. O Brasil tem 20 mil criadores de cavalos crioulos e 50 mil proprietários de um exemplar da raça.

Fleck acredita que toda a economia do país tende a crescer por meio das reformas econômicas e de novos investimentos e, assim, o setor voltará a crescer em definitivo. Essa opinião é compartilhada por Willian John Rossa, vice-presidente do Núcleo Gaúcho Appaloosa (Nuga), de criadores de cavalos da raça. “O mercado de equinos está muito melhor agora do que esteve nos últimos anos. E temos estimativa de crescimento para o ano que vem”, diz Rossa.

Para a raça quarto de milha não houve crise, pondera o presidente do Núcleo de Criadores de Quarto de Milha, Adão Jorge Tessmann. “Ao contrário, estamos tendo recordes de faturamento em leilões pelo Brasil”, explica. “Esse crescimento acontece no Estado e no país. Para dar um exemplo, em 2004 a média de preço de um cavalo quarto de milha era de R$ 6,5 mil. Hoje a média é R$ 35 mil. E não vamos parar de crescer”, diz Tessmann. No Brasil, há 55 mil criadores e 108 mil proprietários de um cavalo da raça. No Rio Grande do Sul esse número é de 2 mil criadores e cerca de 4 mil proprietários.


Fonte: Expointer 2019 

Foto: Laiz Flores / Ascom Sgge

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