Empresário apresenta potencialidades do mercado de noz-pecã na Agptea

Segundo Edson Ortiz, Brasil é o quarto produtor mundial, com uma produção cinco vezes menor da registrada pelo terceiro colocado

Com uma produção de cerca de 3,5 toneladas de fruto com casca por ano, praticamente toda ela concentrada nas regiões Sul e Sudeste, o Brasil ocupa hoje o quarto lugar no mercado mundial da noz-pecã. A informação foi dada pelo diretor da Divinut, Edson Ortiz, em palestra técnica realizada na sexta-feira, dia 30 de agosto, na Associação Gaúcha dos Professores Técnicos de Ensino Agrícola (Agptea). 

No encontro, Ortiz traçou um panorama do mercado onde destacou que o tradicional grande produtor, os Estados Unidos, perderam o primeiro lugar devido à incidência de eventos climáticos adversos, como os tornados. “Com isso, o México passou a ocupar a primeira posição, ficando os Estados Unidos em segundo e a África do Sul em terceiro”, disse ele.

Segundo Ortiz, a África do Sul  supera e muito o Brasil, tendo uma produção de 18 toneladas/ano. “Temos cerca de três mil produtores no país, sediados principalmente no Rio Grande do Sul, mas com pomares ainda não produtivos, em fase de estruturação, o que comprova o potencial de crescimento produtivo do Brasil”, destacou o empresário, que fez uma palestra de incentivo aos presentes para que se interessem em adquirir mudas e iniciar uma produção de noz-pecã. 

A Divinut, por exemplo, firma parceria até mesmo com quem tem apenas uma nogueira, explicou Ortiza, informando que pomares urbanos também são aceitos e, até quem plantar no jardim, pode ser incluído no projeto. “Temos parceiros com até três pés e que produzem 700 quilos por ano por árvore, o que resulta num um potencial comercial”, salientou, ressaltando que a necessidade de mecanização surge com a expansão. Cada nogueira pode viver até 200 anos.  

Para os presentes no encontro da Agptea, Ortiz disse que é preciso tempo, mas que o investimento é de retorno garantido. Cada pé começa a dar os primeiros frutos a partir do terceiro ano de vida, aumentando a produtividade ano a ano. “Temos tido resultados de produtores acima de R$ 50 mil por hectare/ano, com uma produtividade de 4,5 toneladas”, informou. 

A Divinut vai completar 20 anos e durante o processo de pesquisa sobre adaptabilidade da noz-pecã ao clima brasileiro, Ortiz destaca que a variedade “barton” se adequou mais. O nome é uma homenagem ao americano John Barton, produtor onde em cujos pomares foram realizados os primeiros testes. Além da “barton”, a principal variedade produzida pela empresa de Cachoeira do Sul (RS), também existem as pecãs “shawnee”, “choctow” e “stuart”.

Foto: AgroEffective/Divulgação
Texto: Ieda Risco/AgroEffective

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