Eirobot e SaveFarm – ideias criadas por startup que gera economia de 50% a 95% ao produtor

Ouça o Momento O Campo em Evolução sobre a Startup:

O agronegócio movimentou US$ 9,9 bilhões em exportações no acumulado de janeiro a outubro de 2018, além de ser o responsável por mais de 316 mil empregos formais no Estado no ano passado, segundo o último levantamento do Departamento de Economia e Estatística do Rio Grande do Sul. No setor que impulsiona boa parte da economia do RS, está a Eirene Solutions, uma empresa especializada em desenvolver máquinas agrícolas, com tecnologias autônomas, totalmente nacional e soluções inovadoras para quem vive do campo. Criada há oito anos, a startup faz parte do programa Startup RS Agrotech, do Sebrae RS, e tem sede no Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc).

A vida no campo foi a inspiração para os sócios da Eirene Solutions. Eduardo Marckmann, CEO da companhia explica que o negócio começou monitorando o mercado de agro e os amigos o ajudaram. “Tenho amigos donos de fazenda que tinham muita dificuldade de pulverizar as plantações. Entendendo as necessidades deles e para ajudar a solucionar os problemas que enfrentam, tivemos a ideia de criar a Eirene”, explica ele.

A startup que começou em uma salinha pequena na PUCRS, hoje está no ranking da 100 Open Startup, levantamento feito entre as empresas mais inovadoras no ramo do agronegócio, e recentemente, recebeu um investimento milionário. O valor de R$ 3 milhões veio do fundo Techtools Ventures para expansão e internacionalização dos produtos da empresa, que auxilia na economia de defensivos agrícolas. O montante será destinado aos projetos da empresa, entre eles o Eirobot, um das principais ideias desenvolvidas pela Eirene. Em fase de testes e com previsão de lançamento para 2020, trata-se de um robô elétrico, sem emissão de poluentes, que pulveriza as lavouras.

Além disso, a startup desenvolveu o SaveFarm, um bico que pode ser acoplado em pulverizadores tradicionais, com análise de imagens e emissão de raios ultravermelhos. Ele identifica a planta, o tamanho e pulveriza apenas onde há necessidade, gerando uma economia de 50% a 95% em todas as etapas da pulverização. Segundo Marckmann, “a tecnologia necessita menos agrotóxicos e diminui os gastos com defensivos agrícolas por etapas de aplicação”. O projeto foi lançando na Expointer de 2018 e já pode ser encontrado por um preço em torno de R$ 200 mil. Nessa fase inicial, o agricultor ainda recebe toda a assessoria necessária para instalação, visitas técnicas e suportes.

Para o empresário, a população mundial cada vez mais consumirá alimentos de qualidade. Por isso, é preciso otimizar a produção no campo. “A ONU estima que o mundo precisará de 70% mais alimentos para a população em 2050. Investimos em tecnologia e estamos confiantes de que ela será essencial para a evolução do mercado”, complementa Marckmann.

Fonte: Sebrae RS

Mostrar mais
Botão Voltar ao topo