Duas cooperativas catarinenses estão entre as 17 maiores agro do Brasil, segundo a Forbes

Nos últimos oito anos, o número de cooperativas agro cresceu 4%, totalizando 1.613 cooperativas até 2018, segundo dados da OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras). São mais de 1 milhão de associados e quase 210 mil pessoas empregadas no setor.

Recentemente, a Revista Forbes Brasil elegeu as 50 maiores empresas do agronegócio brasileiro. E a surpresa da lista foi o número expressivo de cooperativas agro que faturam bilhões de reais e movimentam o campo e, principalmente, a economia do País.

São 17 cooperativas agro as gigantes entre as 50 maiores empresas do agronegócio brasileiro.  De SC estão a Coopercentral Aurora Alimentos e a Cooperalfa:

A Aurora Alimentos de SC que hoje é considerada o terceiro maior conglomerado industrial do setor de carnes, atingiu a receita operacional bruta de R$ 8,9 bilhões.

A Cooperalfa de Chapecó foi criada em 1967 como CooperChapecó, a cooperativa catarinense tinha como objetivo resolver os problemas de venda e escoamento da produção de grãos e suínos de pequenos e médios produtores.  Hoje, já sob o nome de Cooperalfa, a cooperativa – com quase 20 mil associados – tem diversos segmentos de atuação: fomento e comercialização da produção agropecuária de seus associados (com milho, soja, trigo, feijão, suinocultura, avicultura e leite).  Em 2018, o faturamento foi de R$ 3,3 bilhões.

Integram o grupo das 17 maiores do Brasil:

– Copersucar com sede em São Paulo, atualmente a Copersucar tem receitas líquida na casa dos R$ 28,6 bilhões.

– Coamo do PR responsável por cerca de 17% da safra paranaense e, 3,2% da produção nacional de grãos, com receitas globais de R$ 14,80 bilhões.

– C.Vale do PR com faturamento de R$ 6,8 bilhões Hoje, a soja representa sua maior fonte de receitas, com 26% do total, seguida de frango e milho.

– Lar Cooperativa do PR conta com um portfólio formado com cerca de 300 produtos diferentes, entre enlatados, congelados, cortes de frango e os grãos.

A maior parte do faturamento vem justamente do setor de carnes e grãos. Em 2018, a cooperativa superou os desafios e cresceu 26% em relação a 2017, chegando ao faturamento de R$ 6,38 bilhões.

– Camil do RS não ficou restrita ao Rio Grande do Sul: aventurou-se em novos mercados não somente no Brasil, mas também na América do Sul, a partir da aquisição de marcas e estabelecimento de centros de distribuição. Sua sede fica, desde os anos 1990, em São Paulo. O faturamento em 2017 foi de R$ 4,9 bilhões.

– Cocamar de Maringá tem mais de 60 unidades operacionais em três Estados (Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul) e produz de soja a laranja, além de uma linha de produtos que inclui ketchup e bebidas. Em 2018, faturou R$ 4,5 bilhões – e o objetivo para 2020 é chegar aos R$ 6 bilhões.

– Copacol – Cooperativa Agroindustrial Consolata tornou-se uma das maiores exportadoras de frango do País e um dos principais players na área de piscicultura na América do Sul. Fatura R$ 3,8 bilhões.

– Cooxupé é uma das gigantes do ramo no Brasil com receita na ordem de R$ 3,79 bilhões. Recebe café produzido nos mais de 200 municípios de sua área de ação, entre o sul de Minas Gerais e o Vale do Rio Pardo, em São Paulo.

– Coopercitrus com mais de 60 filiais, apoio técnico e estruturas para o atendimento das mais diversas culturas nos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Goiás. Em 2018 a cooperativa encerrou o ano com uma receita liquida de R$ 3,6 bilhões.

– Agrária do PR é fornecedora de um terço do malte das cervejas no País é fornecido pela Associação de produtores de Guarapuava, a Agrária. A cooperativa, que ultrapassou em 2018 os R$ 3,5 bilhões de faturamento.

– Castrolanda está inserida nos mercados de carnes, leite, batata, feijão e sementes, com unidades industriais nos segmentos de carnes, leite e batata. Com sede em Castro (PR), a cooperativa fornece carne industrializada e in natura para grandes redes de lanchonetes do País, como Outback, McDonald’s, Madero e Applebee’s. Em 2018 teve faturamento de R$ 3,38 bilhões, um crescimento de 16%, comparado a 2017.

– Cooperativa Integrada é uma das mais jovens no tradicional grupo de cooperativas agro brasileiras. Tem pouco mais de 22 anos de história, mas já tem tamanho de gente grande: é uma das mais atuantes cooperativas do Sul e Sudeste do País. Em 2018, em meio à crise, a Integrada registrou um crescimento de 24%, com faturamento de R$ 3,3 bilhões. Agora a meta da cooperativa é chegar em 2020 com faturamento de R$ 4 bilhões.

– Frimesa hoje uma das 300 maiores empresas do Brasil e a quarta maior em abate de suínos, nasceu como uma cooperativa, no Oeste do Paraná, em 1977. Em 2018, a cooperativa teve receita de R$ 2,83 bilhões. Para 2019 o plano é superar os desafios do mercado e crescer 20% nos volumes de produção e 18% no faturamento, atingindo R$ 3,47 bilhões.

– Frísia talvez não chame muito sua atenção, mas basta voltar um pouco em sua nonagenária história para você descobrir que ela é velha conhecida. A cooperativa atendia até 2015 pelo nome de Batavo, sua mais tradicional marca, vendida em etapas para a Perdigão, hoje parte do conglomerado BRF. Todos os negócios garantiram a marca de R$ 2,4 bilhões de faturamento no ano passado.

– Capal Cooperativa de Arapoti (PR) tem atividades produtivas de 58 anos estenderam-se para outros segmentos do agronegócio.  Em 2018, teve faturamento de R$ 1,4 bilhão.

Fonte: Forbes

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