Dia do Arroz na Expointer debate agricultura sustentável, destaca Irga

A manhã de segunda-feira (26) foi marcada pela realização do Dia do Arroz, na 42ª Expointer. O evento promovido pelo Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) lotou a Casa da RBS no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio.

Neste ano, o tema escolhido foi “Tecnologia a Favor do Clima”, com a participação do engenheiro agrônomo Ivo Mello, coordenador regional da Fronteira Oeste do Irga; Mara Grohs, engenheira agrônoma e pesquisadora do Irga, doutora em Ciências dos Solos; e Elvison Nunes Ramos, coordenador da implementação do Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), com mediação da da jornalista Gisele Loeblein. O debate teve transmissão ao vivo pelo Facebook de Gaúcha ZH.

Ivo Mello deu o pontapé inicial no debate fazendo um retrospecto histórico da questão ambiental no setor arrozeiro. “O setor enfrentou dois momentos críticos, em que a Fepam nos colocava como extremamente agressivos ao meio ambiente simplesmente porque achavam que usávamos muita água. E a sociedade global chegando com essa outra pauta das mudanças climáticas, do uso racional da água, do efeito estufa. O Irga então começou a trabalhar com dados e fatos para provar que não era bem assim”, relatou Mello.

Mara Grohs apresentou dados sobre o efeito estufa na lavoura arrozeira. “O efeito estufa é um evento natural. Mas é importante destacar que o arroz não produz metano, mas sim o sistema onde nós cultivamos. Se não tivéssemos lavouras de arroz, a produção de metano aumentaria 85%. O arroz reduz o efeito do gás na atmosfera. Por isso, poderíamos lançar uma campanha do tipo ‘Plante arroz e salve o planeta’. Com a nosso produtividade, um quilo de arroz produzido aqui no RS emite menos dióxido de carbono que um quilo de arroz plantado em outro lugar do mundo. Isso tudo graças ao nosso melhoramento genético”, acrescentou Mara.

Ramos, por sua vez, destacou as pressões que o setor produtivo sofre na questão ambiental. “Felizmente, nos temos instituições federais e estaduais que se dedicam a estudar esses processos. Hoje nós somos exportadores de alimentos, causando inveja em muita gente lá fora. Nós enfrentamos problemas, mas temos soluções. Hoje praticamos uma agricultura com baixa emissão de carbono. Nosso desafio é mostrar para a sociedade brasileira o que estamos fazendo hoje”, destacou o representante do Mapa.

Ao final do Dia do Arroz ocorreu a entrega do Selo Ambiental do Irga aos produtores que se destacaram pelos cuidados com o meio ambiente. O objetivo da distinção é reconhecer os orizicultores gaúchos cujos manejos da lavoura e da propriedade rural estejam em conformidade com a legislação ambiental e que desenvolvam ações para a melhoria da qualidade de vida dos envolvidos na atividade agrícola. Nesta safra 2018/2019 foram entregues 42 certificados.

O encontro contou com a presença do secretário da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Covatti Filho, entre outras autoridades.


Fonte: Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) 

Foto: Sérgio Pereira / Irga

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