Com números recordes, ciclo Morfológico comprova a evolução da Raça

Foram apenas quatro meses de seletivas, mas com responsabilidade de um ciclo inteiro. As provas Morfológicas que levaram 232 animais à final da Expointer exibiram uma Raça em evolução constante e que cada vez mais aposta em seus novos exemplares. Potrancos e potrancas roubam a atenção, ocupando cerca de 58% das vagas. Este é o cenário que poderá ser visto por aqueles que comparecerem ao Parque de Exposições Assis Brasil entre os dias 22 agosto e 1º de setembro para a grande final na Expointer. 

Muitas Cabanhas mobilizaram-se para inscrever seus animais no maior número de Passaportes possível, entre os oito estados que receberam as provas; mas engana-se quem pensa que a quantidade falou mais que a qualidade. Apenas 74 animais que estarão em Esteio já pisaram na pista do evento anteriormente. Entre eles, a única a ter presença confirmada pela quinta vez é Obra Prima da Reconquista, do estabelecimento Reconquista Agropecuária LTDA.

Em número de animais de sua propriedade classificados, destacam-se as Cabanhas Basca e Santa Fé. Ambas garantiram dez animais no julgamento da Expointer 2019. Proprietária da Cabanha Basca, de Uruguaiana/RS, Mariana Tellechea atribui o sucesso em pista à dedicação de sua equipe. Seu time acrescentou à estante mais três troféus de Melhor Exemplar neste ciclo. A também expositora mostra ser consciente do comprometimento necessário, desde os acasalamentos, ao desenvolvimento, preparação e apresentação do animal para que este alcance um bom nível. “Não focamos em um nome mais que outro, nosso objetivo é apresentar toda a fila da melhor maneira possível”, garante. Além dos classificados para a final Morfológica, Basca também leva três animais ao Freio de Ouro. 

A Cabanha Santa Fé, de Taquara/RS, planejava pelo menos seis animais em Esteio. Em pista, a qualidade do criatório proporcionou atingir a meta – além de dez animais na Morfologia, também estarão na disputa dois na Final do Freio de ouro e três no Freio Jovem. O proprietário do estabelecimento, Gilberto Freitas, acredita que pelo menos cinco razões tenham contribuído para o êxito nas provas: acerto nos cruzamentos; investimento certo em um bom pai, com genética vencedora; mães com bons atributos; e condições de criação e prestação de serviço humano. Agora, ele acredita em pelo menos cinco animais com grandes chances de conquistar uma boa posição no ranking, mas destaca dois: Orvalho e Oitava da Cabanha Santa Fé.


Renovação na Raça
A renovação genética Crioula vem sendo exaltada em todas as seletivas do ciclo 2019. São pelo menos 158 animais que estarão na pista da Expointer pela primeira vez – destes, 134 são potrancos ou potrancas. Para o ex-presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Cavalos Crioulos e jurado, Mauro Ferreira, este fato garante que a raça está no rumo certo. De acordo com ele, as gerações mais jovens superarem aquelas que a antecedem significa que os critérios de seleção e julgamento da Raça estão apropriados. “Se esses animais que estão sendo exponenciados pelas provas, também é sinal que os criadores estão conseguindo excelência em qualidade nos seus acasalamentos. Se tratam de animais de ponta com evoluções muito expressivas”, aponta.

Melhor exemplar
Entre as 19 passaportes realizadas no ciclo, apenas quatro machos receberam a faixa de melhor exemplar da exposição. Qual será a razão para a valorização do olhar para a feminilidade da fêmea? Ferreira acredita ser um assunto para discussão, mas tem duas teorias: “Ou somos muito exigentes com os machos por se tratarem de animais que reproduzem mais e deixam um espectro genético mais numeroso que as fêmeas, ou, dentro dos critérios morfológicos por nós imposto, as fêmeas se adequam mais nas metas que buscamos”, comenta. 


Veja os dados do ciclo Morfológico:

Fonte: ABCCC

Foto: Felipe Ulbrich

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