Com Laço Inclusivo, Crioulaço expande horizontes
O tiro de laço da ABCCC, o Crioulaço, é uma modalidade campeira que demonstra em pista uma das práticas do homem do campo. É justamente a simplicidade dessa prova, tão rústica quanto o próprio Cavalo Crioulo, que pode explicar o enorme poder de encantamento, que faz com que sejam angariados novos adeptos ano após ano.
Não à toa é uma modalidade que supera barreiras e abraça famílias inteiras, características que mais uma vez serão representadas por meio do Laço Inclusivo, uma das novidades que surgiu para permitir a participação do maior número possível de pessoas ao colocar em pista laçadores com alguma deficiência – leia abaixo sobre o regulamento.
A inspiração para o Laço Inclusivo surgiu em Palmas/PR, onde um homem fomentou essa modalidade na região para o filho poder participar dos rodeios, como contou o membro da subcomissão de Crioulaço, Éder “Canhão do Vale” de Azeredo. “Lá eu conheci um cidadão chamado Seu Turcato e ele foi o fomentador [do Laço Inclusivo] no Paraná, o filho dele teve um acidente vascular cerebral (AVC), e foi muito bacana a conversa que tive”, relembrou.
Após o diálogo com Seu Turcato, Éder de Azeredo trouxe a modalidade para o Rio Grande do Sul, onde dá seus primeiros passos. “Eu fui o idealizador aqui no sul, mas ela já existe fora. Isso vai trazer mais pessoas para fazerem parte do evento e isso nos deixa feliz”, celebrou.
Inscrições
Os interessados na modalidade ainda podem participar. As inscrições para o Laço Inclusivo são gratuitas e devem ser feitas no dia da prova (27 de abril) – as antecipadas, que foram feitas em nosso site, já encerraram. Ao todo, durante a Final Nacional do Crioulaço que acontece em Esteio/RS de 25 a 28 de abril, serão 14 modalidades. Destas, três são inéditas: o próprio Laço Inclusivo, além de Laço Potro de Ouro e Laço Senhor.
Regulamento
Para que o objetivo de aproximar as pessoas seja atingido com segurança, o regulamento prevê algumas questões específicas. Para laçar no Inclusivo, todo participante deverá apresentar termo de responsabilidade assinado e reconhecido em cartório, juntamente de autorização Médica para participar da prova. Ambos documentos devem ser atualizados, no máximo a 30 dias da prova. Além disso, os animais precisam ser confirmados junto à ABCCC.