Celesc Rural vai beneficiar os produtores rurais em Santa Catarina
Para reforçar as redes de distribuição de energia na área rural e garantir o crescimento do agronegócio no estado, a Celesc lançou nesta terça-feira (11), em Chapecó, a segunda modalidade do programa Celesc Rural, que vai permitir a substituição de redes de energia elétrica monofásicas por redes trifásicas em diversos municípios catarinenses.
Ao todo, serão investidos R$ 65,7 milhões em 1,2 mil quilômetros de rede da área de concessão da Celesc, com início já no segundo semestre deste ano. Novos projetos de rede já estão sendo executados para outras localidades e farão parte das próximas etapas do Celesc Rural.
A mudança visa possibilitar a instalação de equipamentos mais potentes e modernos para as atividades no campo, contribuindo para o aumento da produção e trazendo uma nova realidade para os produtores e para o agronegócio catarinense. “Após percorrer mais de 30 mil quilômetros no estado, nos primeiros meses de minha gestão à frente da Empresa, e ouvir com atenção as demandas dos produtores catarinenses, desenvolvemos o Celesc Rural, cuja proposta inicial era investir R$ 100 milhões em três anos. Entretanto, pela relevância do tema, atualmente a expectativa é de que quase a totalidade desse montante seja licitado ainda este ano, em obras que devem ser executadas entre 2019 e 2020. A ideia agora é que essa seja uma ação perene a fim de proporcionar à área rural o que ela merece: a qualidade e a confiabilidade da energia elétrica”, conta o presidente da Celesc, Cleicio Poleto Martins.
Atualmente o Programa Celesc Rural está em fase de licitação para contratação de empresas e aquisição de materiais e a previsão é de que até o final de 2020 quase 400 km de rede monofásicas tenham sido substituídas por trifásicas e mais de 800 Km de cabos de alumínio nu tenham sido substituídos por cabos protegidos.
Para tanto, as redes trifásicas de energia elétrica vão possibilitar o aumento da capacidade do abastecimento de energia e, com isso, ampliar a presença de sistemas de irrigação, ordenhadeiras elétricas, motores para a moagem de trato dos animais, aquecedores de estufas, ventiladores para granjas e muitos outros equipamentos que requerem elevadas potências e que, devido ao alto consumo, não podem ser atendidos pelo sistema monofásico.
Presente na solenidade, a vice-governadora Daniela Reineher, enalteceu a iniciativa. “Quero agradecer à Celesc e a todos os envolvidos no programa por olharem com carinho a uma importante questão para quem vive no meio rural e no oeste catarinense, região que nasci. É uma honra muito grande participar do lançamento de um projeto que vai melhorar muito a qualidade de vida e as condições de trabalho no campo”, ressaltou.
Já o secretário estadual da Agricultura e da Pesca, Ricardo de Gouvêa, reforçou a importância do agronegócio. “Estamos acostumados a ouvir que a agricultura mantém o país e por isso devemos fazer mais pelo setor. O agronegócio responde por 30% do PIB de Santa Catarina, estado que mais exporta frango de um país que é líder mundial na exportação da ave. Certamente o Celesc Rural vai ajudar os produtores catarinenses a desenvolverem ainda mais a economia regional” afirmou.
Valdir Crestani, secretário do Desenvolvimento Rural e do Meio Ambiente de Chapecó, conta que a política de melhoria adotada pela Celesc, além de atender a uma antiga aspiração dos produtores da região, vai beneficiar mais de dois mil produtores da região, sendo 650 grandes propriedades produtoras de ovos, perus, frangos e leite, que terão condições de desenvolver seus negócios graças à medida.
Em todo o estado, na primeira etapa do Programa, que terá início no segundo semestre de 2019, serão instalados quase 400 km de redes trifásicas. Deste total, cerca de 200km serão instalados em 47 municípios da região Oeste, na área de abrangência do Núcleo Chapecó e das Unidades regionais da Empresa em Concórdia e São Miguel do Oeste (veja tabelas adiante).
O Programa Celesc Rural
O Programa Celesc Rural prevê duas intervenções principais:
1 – A substituição de redes monofásicas por trifásicas para ampliar a capacidade do sistema elétrico com o que será possível a modernização de maquinários e a adoção (uso) de motores mais potentes para aumentar a mecanização das atividades rurais e possibilitar aumento da produção e dos ganhos;
2 – A instalação de cabos protegidos, para reduzir o número de desligamentos das redes elétricas devido ao contato com a vegetação. Esta ação ocorrerá especialmente nas áreas de grande presença de vegetação próxima às redes elétricas, como regiões de reflorestamento de pínus e eucalipto, uma marca da economia rural do Planalto Norte, e já foi lançada no fim do mês de maio, em Ituporanga.
Onde serão instaladas as redes trifásicas na região Oeste na primeira etapa de obras do Programa
A seleção das localidades por onde passa o traçado da rede trifásica é realizada a partir de análise técnica que considera a necessidade de um sistema elétrico com mais qualidade para o fomento da produção e o atendimento simultâneo do maior número de unidades consumidoras.
A partir da construção da rede, os interessados em ter o sistema trifásico deverão solicitar à Celesc a instalação do transformador trifásico e da rede de baixa tensão entre a nova rede e sua propriedade.
Fonte: Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca de SC
Foto: Divulgação / Celesc