Busca por financiamento rural deve aumentar

Após uma feira marcada pela cautela às vésperas de uma campanha eleitoral em 2018, as instituições financeiras que tradicionalmente financiam o produtor na Expointer esperam crescimento na busca por crédito nesta 42ª edição da mostra.

O Sicredi vai para a Expointer com um portfólio de linhas que soma R$ 300 milhões – atendendo a modalidades como Moderfrota, Pronaf e Pronamp. A cooperativa de crédito também quer investir em projetos de energia renovável. “Temos vários associados procurando financiamento para implantar em suas comunidades”, diz o vice-presidente da Central Sicredi Sul/Sudeste, Márcio Port. “Os produtores têm buscado energia solar para as propriedades rurais. Essa não é mais uma característica de áreas urbanas”, afirma.

Port nota que houve uma estagnação na concessão de créditos na última Expointer, o que ele acredita ser natural por conta do crescimento ininterrupto de financiamentos nos anos anteriores por conta da proximidade das eleições. Port destaca, também, que, além da cooperativa esperar um aumento na busca de crédito, é comum que muitos produtores não façam negócios diretamente na Expointer, e sim após a feira.

O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) também vai disponibilizar R$ 300 milhões em crédito para investimento, abaixo dos R$ 350 milhões ofertados na última edição. No ano passado, a instituição contratou R$ 242 milhões em Esteio. Nesta edição, o BRDE oferece crédito para projetos de inovação no campo e de sustentabilidade, ambos com taxa fixa de 7% ao ano e com prazo de 120 meses. Projetos de energia sustentável, turismo rural e agricultura familiar também podem ser financiados com prazo máximo de 120 meses e taxa de 3% ao ano. Já projetos de armazenagem chegam a 180 meses, com taxa de 6% ao ano.

De acordo com o superintendente-executivo de Empréstimos e Financiamentos do Bradesco, Rui Pereira Rosa, além das linhas tradicionais vinculadas ao BNDES, o banco trabalhará em Esteio com opções oriundas da captação de Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA), Cédula de Produtor Rural (CPR Financeira) e outras. No estande, uma das novidades será um espaço personalizado para atender, exclusivamente, a startups do agronegócio, as Agrotechs.

“O Brasil, com sua pluralidade e diversidade, tem exigido cada vez mais atuação em linha com as necessidades do empresário do campo, antecipando tendências e soluções que simplifiquem e facilitem o seu dia a dia. Hoje, temos, no setor agrícola, 
R$ 23 bilhões em contratos vigentes”, comemora Rosa.

Visando aumentar sua participação no fomento ao agronegócio gaúcho, o Banrisul vai para a feira com o slogan “O agro é nosso chão”, e atenderá a todas as demandas de crédito rural, como investimento e custeio. O banco terá linhas de crédito para produtores que se encaixam no Pronaf e no Pronamp, além da agricultura empresarial, e terá uma equipe para esclarecer dúvidas sobre os financiamentos oferecidos para a agropecuária. A expectativa é que a atuação do Banrisul na Expointer e no setor agropecuário como um todo tenda a crescer a partir deste ano.

Já o Banco do Brasil leva novidades digitais para a feira, como a possibilidade de renovação digital do Pronaf Custeio e a contratação de seguros agrícolas sem a necessidade do agricultor se deslocar até uma agência. O banco também vai disponibilizar um novo seguro para produtores de arroz irrigado, o BB Seguro Agrícola Personalizado, visando melhorar as condições de comercialização e proteção da atividade.

Fonte: Carlos Villela/Jornal do Comércio
Foto: Stockphoto/Divulgação/Jornal do Comércio

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