PR supera parâmetros para se tornar livre de febre aftosa sem vacinação

O Paraná está pronto para avançar em direção a se tornar uma área livre de febre aftosa sem vacinação reconhecida pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE). É o que aponta o resultado da auditoria realizada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em janeiro, no Estado. O resultado foi um dos temas debatidos durante a Reunião da Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte da Faep, no dia 29 de novembro, na sede da entidade, em Curitiba. O evento reuniu lideranças sindicais e produtores rurais de todas as regiões paranaenses.

Juliana Bianchini, chefe de Seção de Saúde Animal e superintendente substituta da Superintendência Federal de Agricultura no Paraná, trouxe à tona os números sobre a auditoria. A especialista explica que o Mapa estabeleceu três categorias para uma série de exigências avaliadas no Estado. O resultado foi que a sanidade paranaense superou a pontuação em 48%, atingiu a marca mínima em 35% e em apenas 16% ficou abaixo da pontuação.

Com esse panorama, na avaliação de Juliana, o Estado está apto a seguir com o pleito de obter novo status sanitário junto à OIE, desde que faça melhorias para corrigir esses 16%, que representam nove recomendações e dois estudos técnicos. “Em boa parte, as medidas necessárias são relativamente simples, basicamente mudanças de procedimentos e adequações. É preciso resolver a deficiência de servidores públicos na área de sanidade animal. Esta é a condição de maior importância”, sintetiza.

União do setor
Rodolpho Botelho, presidente da Comissão Técnica, enfatizou que o avanço na sanidade paranaense é resultado do trabalho de vários anos de mobilização do setor. “Nós precisamos trabalhar em conjunto, estar mais dentro da propriedade, no interior, sentindo as demandas. A união é a chave principal para seguirmos na direção certa e fazer do Paraná uma referência em carne de qualidade”, comenta.

O diretor-presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Inácio Kroetz, ratifica que o espírito de união é algo que precisa ser mantido. “Para nós, o mínimo não interessa. Não estamos fazendo só o que somos obrigados a fazer. Estamos aqui fazendo o que técnica e cientificamente é o correto e o melhor a ser feito”, completa.

Fonte: CNA

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